É Oficial!!
Entrou em vigor a legislação que obriga a que todos os edifícios construídos a partir desta data, tenham necessidades energéticas quase nulas – NZEB (Near Zero Energy Buildings)
Já desde o final do século XX que a sociedade acordou para o problema ambiental: as alterações climáticas sobretudo devido ao efeito de estufa causado pelo excesso de poluição criada pela população mundial.
Como é que os gastos energéticos dos edifícios são responsáveis pela poluição?
A maior parte dos países depende dos combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) para responder às suas necessidades de energia.
A sua produção e o seu consumo exercem uma pressão considerável sobre o ambiente: emissões de gases com efeito de estufa e de poluentes atmosféricos, uso dos solos, geração de resíduos e derrames de petróleo. Esta pressão contribui para as alterações climáticas, danifica ecossistemas naturais e o ambiente antropogénico, e tem efeitos adversos na saúde humana
Sabia que cerca de 40% da energia consumida advém directamente dos edifícios?
Este valor é relativo à Europa, contudo em Portugal ronda os 35%.Seria previsível que se tomassem medidas de minimização do consumo energético dos edifícios de forma a, consequentemente reduzir o seu impacto ambiental.
Desde 1 de Janeiro de 2018 que, em Portugal, todos os edifícios públicos que fossem licenciados, teriam já que responder a esta normativa. Dois anos passados, chegou a todos os edifícios, sejam eles habitacionais, comerciais ou industriais.
Esta informação poderá ser encontrada na Portaria n.º 42/2019, de 30 de janeiro e Portaria n.º 98/2019, de 02 de abril.
A primeira informa sobre os requisitos nZEB em edifícios de comércio e serviços (RECS – Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços, ) e a segunda em edifícios de habitação (REH – Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação).
O que significa então um edifício NZEB?
Conforme já foi referido, corresponde à sigla de “Near Zero Energy Buildings”, ou em português, Edifícios com necessidades energéticas quase nulas”. Ou seja, de forma simples, pretende-se com isto que os edifícios tenham desempenhos energéticos que correspondam às classes A ou A definidas no actual sistema de certificação energética nacional.
Quais as implicações para a população portuguesa?
Basicamente, a exigência aumentou sendo por isso necessário dotar os edifícios de características que permitam uma avaliação correspondente a A ou A+.
Existem três factores necessários para se atribuir esta classificação a um edifício:
1 – Qualidade dos Edifícios: Paredes, Caixilharias, Isolamentos, Desempenho Térmico…
2 – Equipamentos (Ventilação/Aquecimento/Arrefecimento/ Águas Quentes Sanitárias): Que tenham um elevado grau de eficiência e baixo consumo de energia.
3- Energias RenováveisOu seja, os três aspetos que fazem com que um edifício seja A+ são a sua componente passiva e ativa e a utilização de energias renováveis”

Portanto:
É importante que, se pensa em construir a sua casa, contrate uma empresa dotada de técnicos capazes de cumprir todas estas normas, tanto na fase projectual como na fase de obra, se não quiser ter grandes dissabores no seu processo.
Resumidamente, o desenho arquitectónico que aproveite ao máximo a energia solar, protegendo-se também da mesma em determinadas alturas do dia, é um factor fundamental para um bom desempenho energético. Mas por si só não basta…Terá, obrigatoriamente, de dispor de equipamentos para aquecimento, arrefecimento, àguas quentes sanitárias e ventilação de boa eficiência, que potenciem ao máximo a poupança energética.
É certo que os custos relativos à construção irão aumentar para todas aquelas pessoas que se preferem um baixo custo de obra e uma casa termicamente disfuncional, porém a obrigatoriedade desta medida irá garantir uma casa termicamente funcional e com maior valor de mercado.
Por isso, se prefere conforto e baixos consumos energéticos que se refletirão nas suas faturas mensais, as implicações serão como as necessidades energéticas, quase nulas.